sábado, 23 de julho de 2011

HANDEBOL DE CADEIRANTES

Projeto da Extensão Satc promove aulas de handebol para cadeirantes

Para o esporte não há limites. É nele que vemos os melhores exemplos de força de vontade e superação. E quando esta superação ultrapassa a barreira física, é fácil compreender que tudo na vida é possível, basta querer.
A partir do projeto "Handebol para Cadeirantes", desenvolvido pela Extensão Satc, associados da Judecri (Associação dos Deficientes Físicos de Criciúma) foram convidados a praticar handebol em cadeira de rodas na própria Satc. A Judecri atua há 26 anos em Criciúma, oferecendo cursos, promovendo reuniões e lutando principalmente por melhores condições de acessibilidade. As aulas acontecem todas as segundas-feiras à noite, sob as orientações dos professores Martinho Mrotskoski e Jairo Bressan. Conforme Martinho, esta prática é mais comum no basquete, por isso a Satc investiu no diferencial do handebol. "Nos espelhamos em um projeto similar de uma ONG de Itajaí. Como o handebol da Satc é muito forte, nada mais natural investirmos nesta modalidade para um público que necessita de oportunidades." A idéia dos treinadores é inserir o time (que pode ter até sete integrantes) em competições como o Itajaí Handebol Cup e o Campeonato Catarinense de Handebol para Cadeirantes.
A animação toma conta das aulas. Durante os treinos os alunos aprendem sobre domínio de bola, mecânica do arremesso, regras e finalizam com jogo recreativo. Muitos dos participantes já praticam algum tipo de esporte, como jogo de bocha, tênis de mesa e arremesso de dardo. Rosemeri da Silva Ribeiro tem paralisia infantil na perna direita desde um ano de idade. Mas a deficiência nunca a impediu de levar uma vida normal. Casou, teve filhos, trabalha e ainda é atleta da Judecri. "Somos discriminados na família e na sociedade. Muitas vezes, quando nos reunimos com outros deficientes, percebemos que o nosso problema não é nada. As pessoas têm que evoluir muito em relação ao preconceito e iniciativas como esta da Satc ajudam neste sentido e valorizam a inclusão".
Jean Carlo de Oliveira Padilha reforça a opinião de Rosemeri. "Estas aulas são ótimas porque conseguem tirar o pessoal de casa, promovem a integração com diversas pessoas". Com 34 anos, paralítico desde os 6 meses, adora basquete e tênis de mesa. Agora quer se tornar fera também no handebol. "A maior dificuldade é movimentar a cadeira com uma mão e segurar a bola com a outra. Mas em pouco tempo estarei craque." Com certeza estes são os verdadeiros campeões.

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